Novos estudos mostram que radiação pode ter criado imunidade nas matilhas
Pesquisadores da Universidade de Princeton publicaram parcialmente um estudo que revela que os lobos mutantes da Zona de Exclusão de Chernobyl desenvolveram genomas de resistência ao câncer por conta da influência da radiação causada pela maior tragédia nuclear da história.
O estudo, conduzido por Cara M. Love, pesquisadora do departamento de Ecologia e Biologia da Evolução de Princeton, vai ser apresentado no encontro anual da Sociedade de Biologia Integrativa e Comparativa em Seattle, Washington.
Os cientistas mapearam com GPS e compararam lobos que viviam dentro da zona de exclusão e lobos que viviam fora da área de radiação. Os resultados mostram que eles alteraram seus sistemas de defesa contra o câncer, da mesma forma que pacientes que passam por radioterapia.
Segundo os pesquisadores, foi possível identificar áreas do genoma do lobo que fortaleceram a resiliência do mamífero contra o câncer.
Em humanos, a maioria das pesquisas em humanos descobriu que mutações genômicas aumentam o risco de câncer, mas o trabalho de Love espera identificar mutações protetoras que aumentem as chances de sobreviver ao câncer.
A pesquisadora espera que a região se torne segura para pesquisa em breve para poder coletar mais informações sobre os lobos da Zona de Exclusão de Chernobyl.