Síria e Rússia bombardeiam área rebelde após combates com ao menos 180 mortos

Putin é aliado da ditadura de Assad; ataque teria ocorrido após maior ofensiva das facções desde março de 2020

Folhapress

Rússia e Síria bombardearam o noroeste do país do Oriente Médio nesta quinta-feira (28) após uma ofensiva de grupos armados na região, considerada o último bastião das milícias que lutam contra o ditador Bashar al-Assad, segundo fontes do Exército e rebeldes.

O ataque liderado pelo HTS (Hayat Tahrir al Sham), ex-braço sírio da Al Qaeda que controla essa parte do país, começou nesta quarta-feira (27) e teve como alvo ao menos dez cidades e vilarejos na província de Aleppo. De acordo com o OSDH (Observatório Sírio para os Direitos Humanos), o conflitou matou ao menos 182 pessoas -121 jihadistas e 61 membros das forças do regime.

Trata-se do maior ataque desde março de 2020, quando a Rússia, aliada de Assad, e a Turquia, aliada dos rebeldes, concordaram com um cessar-fogo que encerrou anos de combates responsáveis por deslocar milhões de sírios.

As facções avançaram quase dez quilômetros a partir dos arredores da cidade de Aleppo e alguns quilômetros de Nubl e Zahra, duas cidades onde o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã no Líbano, tem forte presença, disse à agência de notícias Reuters uma fonte do Exército. Elas teriam atacado ainda o aeroporto de al-Nayrab, a leste de Aleppo, onde milícias pró-Teerã têm postos.